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22 de setembro de 2010




"A beleza de um jardim não depende
do tamanho das flores, mas da
variedade de seu colorido;
Assim, a felicidade não depende de
grandes alegrias, mas da
variedade de muitos e pequenos
momentos felizes que
colhemos ao longo da vida".
=)

3 de agosto de 2010

Arrogância...

Defeitos, quem não os tem? Há os avarentos, os mal-humorados, os  fofoqueiros, os mentirosos, os chatos. Não os expulsamos a pontapés do universo porque todos nós, com maior ou menor frequência, um dia também já fomos pão-duros, já passamos uma maledicência adiante e já torramos a paciência alheia. É preciso ser tolerante com os outros se queremos que sejam conosco, não é o que dizem? Então, ok, aceita-se as falhas do vizinho. Mas arrogância não tem perdão. 

E os arrogantes não são poucos. Façamos aqui um retrato falado: são aqueles que andam de nariz em pé, certos de que são o último copo d´água do deserto. Aqueles que são grosseiros com subalternos, que empolgam-se ao falar de atributos que imaginam ser exclusivos deles, os que furam a fila do restaurante e tomam como ofensa pessoal caso sejam instalados numa mesa mal localizada. São os que ostentam, que dão carteiraço e que sentem um prazer mórbido em humilhar aqueles que sabem menos – ou que podem menos. São os preconceituosos e os que olham o mundo de cima pra baixo. Será que eles acreditam que são assim tão superiores? Lógico que não, e isso é que é patético.

Os arrogantes são os primeiros a reconhecer sua própria mediocridade, e é por isso que precisam levantar a voz e se auto-promover constantemente.  Eles não toleram a porção de fragilidade que coube a todos nós, seres humanos, e não se acostumam com a idéia de que são exatamente iguais aos aos seus semelhantes, sejam estes garçons, porteiros da boate ou executivos de multinacionais. Dão a maior bandeira da sua insegurança.
O arrogante acredita que todos estão a falar (mal) dele, lê entrelinhas que não existem, escuta seu nome mesmo quando não foi pronunciado, e ao descobrir que não é mesmo dele que estão falando, aí é que morre de desgosto.  Todo arrogante traz um complexo de inferioridade que salta aos olhos.   

Sempre tive um pouco de pena deles pelo papelão que desempenham em público. Dizem que Naomi Campbell entra nas melhores butiques brasileiras, escolhe algumas roupas e sai sem pagar, acreditando estar enaltecendo a loja com sua simples presença no estabelecimento. É uma  arrogante folclórica e inofensiva. Atentos devemos ficar aos arrogantes armados: os que  invadem países, os que destróem quem atravessa seu caminho. O caso do juíz cearense é típico: quis entrar num supermercado que já havia fechado e o vigia teve a petulância de tentar impedir. Levou um tiro, claro. Que o juíz alega ser acidental, sem explicar a razão de, depois de disparar, não ter nem ao menos olhado pro cadáver e ter ido direto às gôndolas atrás do que queria comprar: cerveja, gilete, sorvete, sabe-se lá o que lhe era tão urgente.

Repare bem: quase todos os atos de violência são protagonizados por um arrogante que entra em pânico com a palavra não.

Martha Medeiros


12 de julho de 2010



Eu acredito que tudo acontece por uma razão. As pessoas mudam para que aprendas a deixá-las, as coisas correm mal para que possas aprecia-las quando estão bem, acreditas em mentiras para que aprendas que não podes confiar em ninguém exceto em ti próprio e, ás vezes, as coisas boas desaparecem para que coisas melhores venham. 

(Marilyn Monroe)

29 de junho de 2010

Pessoas insuportáveis







A vida já não é fácil para todos nós. Todos temos problemas, contas, chateações, tpm’s e aborrecimentos bancários ou seja lá o que for que preocupe cada um de nós, humanos. Mas não. Não basta. Mala sem alça é pouco. Carrapato sanguessuga talvez seja mais apropriado. Não basta grudar: tem que usurpar toda a sua energia, tem que lhe causar uma irritação – mínima que seja, tem que destruir seus estoques de serotonina.
Gente assim vive só. E reclama muito. E faz-se de vítima. E arquiteta, de todas as maneiras possíveis, formas de fazer você se sentir culpada pelas suas dores. Sai pra lá. Que nessa eu não caio. Mas que me aborrece, ah, isso me aborrece mesmo. E muito.


=s

19 de junho de 2010

Tradução



Clocks - Coldplay

As luzes se apagam e eu não posso ser salvo
Ondas contra as quais eu tentei nadar
Jogaram-me ao chão, deixando-me de joelhos
Oh, eu imploro, eu imploro e suplico, cantando
Revele coisas não ditas
Atire uma maçã em cima de minha cabeça
Um problema que não pode ser nomeado
Um tigre está esperando para ser domado, cantando

Você é 

Confusão que não acaba
As paredes que se fecham e os relógios que fazem barulhos
Vou voltar e te levar para casa
Eu não poderia parar agora que você sabe cantar
Apareça sobre meus mares,
Malditas oportunidades perdidas
Sou uma parte da cura ou da doença?
Cantando

Você é, você é, você é, você é 

....

=)

15 de junho de 2010

Tristeza sem razão


Por vezes, erguemo-nos pela manhã envoltos em nuvens de tristeza. Se alguém nos perguntar a causa, com certeza não saberemos responder.
Naturalmente, atravessamos as nossas dificuldades. Não há quem não as tenha. É o filho que não vai bem na escola, o marido que vive a incerteza do desemprego, um leve transtorno de saúde.
Nada, contudo, que seja motivo para a tristeza profunda que nos atinge.
Nesse dia tudo parece difícil. Saímos de casa e a entrevista marcada não se concretiza. A pessoa que marcou hora conosco cancelou por compromisso de última hora. E lá se vão as nossas esperanças de emprego, outra vez.
O material que vimos anunciado com grande desconto já se esgotou nas prateleiras, antes de nossa chegada. A fila no banco está enorme, o cheque que fomos receber não tinha saldo suficiente.
É... Nada dá certo mesmo! Dizemos que nem deveríamos ter saído de casa, nesse dia. Agora, à tristeza se soma o desalento, o desencanto.
Consideramo-nos a última pessoa sobre a face da Terra. Infelizes, abandonados, sozinhos.
Ninguém que nos ajude.
E, no entanto, Deus vela. Ao nosso lado, seguem os seres invisíveis que nos amam, que se interessam por nós e tudo fazem para o nosso bem-estar.
O que está errado, então? Com certeza, a nossa visão do que nos acontece.
Quando a tristeza nos invade no nascer do dia, provavelmente tivemos encontros espirituais, durante o sono físico, que para isso colaboraram.
Seja porque buscamos companhias não muito agradáveis ou porque não nos preparamos para dormir, com a oração. Seja porque reencontramos amores preciosos e os temos que deixar para retornar à nossa batalha diária, entristecendo-nos sobremaneira.
Ao nos sentirmos assim, busquemos de imediato a luz da prece, que fortalece e ilumina, espancando as sombras do desalento.
Abrir as janelas, observar a natureza, mesmo que o dia seja de chuva e frio. Verifiquemos como as árvores, quando castigadas pelos ventos e pela água, balançam ao seu compasso.
Passada a tempestade, se recompõem e continuam enriquecendo a paisagem com seus galhos, folhas, flores e frutos.
Olhemos para as flores. Mesmo que a chuva as despedace, elas, generosas, deixam suas marcas coloridas pelo chão, ou permitem-se arrastar pela correnteza, criando um rio de cores e perfumes pelo caminho.
Aprendamos com a natureza e afugentemos o desânimo com a certeza de que, depois da tempestade, retornará o tempo bom, o sol, o calor.
Não nos permitamos sintonias inferiores, porque se vibrarmos mal, nos sentiremos mal e, naturalmente, tudo se nos tornará mais difícil.
Nunca estaremos sós. Jesus está no leme das nossas vidas, atento, vigilante, e não nos faltará em nossas necessidades.
*   *   *
Se estamos tristes, abramos os ouvidos para as melodias da vida, melodias que soam das mais profundas regiões do amor Celeste.
Busquemos ajuda, peçamos socorro, não dando campo a essas energias de modo que possamos, na condição de filhos de Deus, alegrar-nos com tudo quanto o Pai construiu e colocou à nossa disposição a fim de que pudéssemos crescer, amar e servir.