Pages

20 de janeiro de 2010

Um Poema



Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.


Clarice Lispector

"Excesso de vigília, incapacidade de começar a dormir ou de manter o sono ? 


E, hoje continuarei com minha vigília ... he he he."


Até já...





 

0 Recadinhos:

Postar um comentário