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6 de janeiro de 2010

INFÂNCIA

Um balanço no quintal.
Mil crianças a brincar,
A gritar, a pular
Até a brigar, por que não?
Não existia razão
Para desaforo, para malcriação.
Éramos todos muito bonzinhos,
Levados da breca,
Lá isso é verdade,
Mas éramos tão felizes!
Em nossa inocência,
Em nossa infantilidade...
Mas fomos crescendo
Em adultos nos tornamos
Cheios de vícios, ódios, rancores.
Aquele balanço querido
Ficou ali bem escondido,
No fundo de nossas lembranças.
Lembranças de alegria, de riso,
De despreocupação, de aprontação.
E nós, hoje tão gastos pelo tempo,
Nos tornamos amargurados, atormentados
E lembramos de um passado
Que não volta nunca mais
E ao qual não soubemos dar valor.


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